Opinião


(10-11-2008)

Por: Pedro Dominguez

"
Ao longo da década e meia que dediquei à prática do bilhar de carambola registei consideráveis progressos na qualidade do meu jogo apostas esportivas.

No entanto, esses progressos foram, tenho de reconhecê-lo, insuficientes para obter os níveis de satisfação que eu próprio me exigia.

Por que motivo terão esses progressos sido tão insatisfatórios?

Ensaiando uma tentativa de compreensão, com a ressalva de que cada caso terá especificidades irrepetíveis, direi que existem dois planos distintos: o da competição e o do treino.

Como cenário para toda a análise haverá que dizer que o bilharista precisa de organizar toda a sua vida em função do jogo, cuidando a sua higiene e adoptando bons hábitos de vida, através duma dieta equilibrada, do abandono do consumo do álcool e do tabaco, respeitando os períodos de sono diário e evitando as situações de stress.

No plano da competição, tem de se procurar planificar a época, dotando-se o atleta de bom material de jogo, respeitando as horas de início das partidas evitando correrias e atrasos que comprometam o estado de espírito de serenidade e confiança que a competição exige bets sports.

No bilhar, como na vida, é preciso que o atleta se supere a si mesmo permanentemente.

No plano do treino, para além de ser essencial observar os melhores jogadores em acção (mas com os sentidos despertos para apreender) é fundamental a adopção dum programa específico de preparação que, de forma equilibrada, verse todos os aspectos do jogo, desde a posição ao mecanismo, da defesa ao ataque, passando pela condição física e culminado no reforço da auto-estima e dos aspectos psicológicos da personalidade, entre os quais haverá que destacar a concentração.

Neste âmbito, todos nós devemos ser cruzados da luta contra o auto-didactismo enquanto padrão de aprendizagem.

Se tivéssemos de ter aprendido a ler e a escrever sozinhos as dificuldades sentidas teriam sido muito maiores.

No bilhar, como na vida, temos direito a que nos ensinem não fazendo qualquer sentido que tenhamos que apreender sozinhos o que outros já sabem bet esportiva.

É incompreensível que os sistemas, para dar um exemplo que é bem conhecido de todos, Ceulemans, Vilora, Caudron ou Murat não sejam leccionados de forma sistemática, tendo de ser assimilados pelos próprios atletas a passo de tartaruga.

O mesmo vale para a aprendizagem das diversas tacadas e para a estratégia do jogo.

Este estado de coisas denota um atraso civilizacional que não se pode aceitar, merecendo de todos nós uma reacção firme capaz de vencer o marasmo em que anos de obscurantismo conseguiram lançar-nos.


Pedro Dominguez


"